Como o estresse pode afetar a retina

Como o estresse pode afetar a retina

Como o estresse pode afetar a retina: Existe uma extensa lista de malefícios que o estresse pode causar à saúde: dores no peito, taquicardia, fadiga, insônia, reações alérgicas, AVC, depressão e até doenças na retina. Sim, seu olho também pode ser vítima de uma vida corrida, com pressão psicológica e desafios diários, esta rotina intensa tem um relacionamento prejudicial com a retina e pode desenvolver problemas que afetam a visão.

A degradação de nossa integridade psicológica com origem no estresse intenso pode causar doenças oculares. Hoje vamos destacar uma delas, a Coriorretinopatia Serosa Central, uma doença com um certo grau de complexidade em sua origem, diagnóstico e tratamento.

Mas, qual seria a relação desta doença com desgaste mental? Por que o estresse pode afetar a retina? Como isso acontece? Continue a leitura e encontre as respostas para essas perguntas.

Coriorretinopatia Serosa Central: a doença na retina causada pelo estresse

A Coriorretinopatia Serosa Central, de uma maneira simplificada Serosa Central, acontece quando um ou ambos os olhos apresentam distorção nas imagens, embaçamento e o surgimento de manchas acinzentadas no centro da visão do(s) olho(s) afetado(s). O problema que causa esses sintomas acontece na retina, a causa é o estresse, a origem, ainda desconhecida.

Os distúrbios causados à visão são oriundos de um vazamento de líquido dos vasos da coróide, responsáveis por irrigar a retina e mantê-la nutrida. É como um cano furado, vazando líquido numa região sem drenagem, assim, o líquido se acumula e uma bolsa é formada, originando um inchaço na mácula que afeta a visão e pode, de acordo com o grau do problema, causar o descolamento da retina.

Como o estresse pode afetar a retina?

Os especialistas identificaram que existem alterações neuro-hormonais em pacientes com quadro de estresse crônico, com picos de ansiedade, que causam deformações nos vasos do fundo do olho e os tornam permeáveis. Desta forma, pessoas classificadas como “Personalidade tipo A” (pacientes com as características citadas acima) são mais propensas a desenvolver a Serosa Central.

A Serosa Central, é conhecida como a “doenças do jovem executivo”, pois é mais comum em pessoas do sexo masculino com idade entre 25 e 50 anos. Além de homens jovens nesta faixa etária, outro grupo de risco é o de pessoas que usam corticóides por longos períodos. Mulheres em gestação, pessoas com refluxo gastroesofágico e usuários de psicofármacos também possuem chances elevadas de desenvolverem a doença.

Sintomas e tratamento da Serosa Central

As pessoas que desenvolvem a Coriorretinopatia Serosa Central apresentam os seguintes sintomas:

• Piora repentina da visão em um ou ambos os olhos;
• Alteração no grau/refração;
• Visualização de objetos e principalmente linhas com distorção (metamorfopsia);
• Percepção de objetos reduzidas, eles parecem ser menores do que são (micropsia);
• Redução na vividez das cores e distúrbio em suas percepções. As cores ficam “apagadas”;
• Mancha acinzentada no centro da visão;
• Dificuldade no foco do(s) olho(s) afetado(s).

É importante ressaltar que a doença já pode ter se desenvolvido sem que o paciente identifique um ou mais desses sintomas. Por isso, é indispensável consultas preventivas para a detecção da doença antes de seus sintomas desagradáveis virem à tona e também para facilitar o tratamento.

Para diagnosticar a Serosa Central exames comuns e rotineiros, como aqueles que fazemos para saber se precisamos de óculos, não são suficientes. Para detectar a doença é preciso de um exame de fundo de olho, além de exames complementares como retinografia, angiofluoresceinografia e OCT (uma tomografia ocular). Assim, é possível identificar a bolsa de líquido e a origem do vazamento.

A Serosa Central pode desaparecer naturalmente até os 6 meses do aparecimento dos sintomas e sem deixar sequelas. Entretanto, caso o estresse não seja controlado, o problema pode ressurgir ou se estender. Para esses casos podem ser indicadas a Terapia Fotodinâmica com Verteporfirina (PDT), Fotocoagulação a Laser (Laser Subliminar ou Micropulsado) e o uso de antagonistas de mineralocorticóides.

Sabendo disso, fica bem evidente que a melhor maneira de evitar e se livrar da Serosa Central é controlar os níveis de estresse para garantir a integridade da retina e a qualidade da visão. Para isso, a receita é simples e todos conhecemos: dormir bem, praticar exercícios físicos, administrar melhor o tempo para sempre ter períodos de lazer. Ações simples e eficazes para reduzir a tensão de nossas rotinas.

Pronto, agora você sabe como o estresse pode afetar a retina. Para aprender mais sobre a saúde dos olhos, continue no blog!